INTRODUÇÃO: Falar sobre amor é abordar um horizonte infinito daquele que é o principal tema das sagradas escrituras, é entrar em terreno minado, porém com joias preciosas que caracterizam o principal atributo do caráter de Deus. Falar sobre amor é como a experiência de estar dentro do mar e olhar ao seu redor e encontrar um espaço de amplitude sem limites que ressaltam a grandeza da obra, da pessoa e da perfeição de Deus. O texto que está diante de nós é um chamado ao exercício do verdadeiro amor (Ágape), o seu retrato original que está centrado em Deus (v8), na sua obra (Rm 5:8) e pessoa (Ef 2:4-5). Amar é um atributo do reino de Deus, não existe fé cristã sem amor, para ser cristão é consequentemente necessário que amemos. O Deus da Bíblia é amor portanto seus filhos necessariamente amam, senão é outra coisa o ajuntamento que chamamos de igreja e não fé cristã. Portanto a comunidade dos Santos é uma comunidade do amor, de gente que pratica o amor, de pessoas que fazem do outro o seu verdadeiro objetivo de entrega e dedicação, o seu sentido de viver o ideal de Deus. Embora amor na Bíblia tenham outros sentidos também, o amor que gostaria de abordar com os amados hoje é o amor no qual devemos estar preparados para responder e viver, aquele que chamamos de amor sacrificial, (Ágape) e que deve ser o patamar ou andar acima daquele que talvez já vivamos no contexto da comunidade (Filéo). Geralmente boa parte dos cristãos podem até estar tentando exercer este amor, (Filéo) mas aquele que Deus quer que vivamos é o Ágape, o sacrificial, aquele que se precisar dá a vida pelo outro. Aprendemos aqui com o apóstolo do amor uma grande lição que fará muita diferença em nossa caminhada como igreja do Senhor:
O EXERCÍCIO DO VERDADEIRO AMOR É TAREFA DE CRISTÃOS VERDADEIROS
RESULTADOS ALCANÇADOS POR CRISTÃOS VERDADEIROS QUE EXERCITAM O VERDADEIRO AMOR
I- O CONHECIMENTO DE DEUS – (V 7-8)
- Aquele que é a essência do verdadeiro amor. – (I Jo 4:16,19)
- Aquele que é o gestor máximo do verdadeiro amor. (…aquele que ama é nascido de Deus) – (Rm 5:5)
- Aquele que nos leva a conhecê-lo pelas vias do exercício do amor. (…e conhece a Deus.) – (I Jo 3:16)
- Aquele que não pode ser conhecido sem o exercício do verdadeiro amor? (Aquele que não ama não conhece…) – (I Jo 4:20)
II- A IDENTIDADE COM CRISTO – (V 9-10)
- Que se manifesta primeiro por meio do ato de dar da parte do Pai. (O amor se manifestou por Deus ter enviado…) – (Jo 15:13)
- Que reside no fato de Deus ter enviado o filho ao mundo para vivermos por meio Dele. (…para que vivamos por meio Dele.) – (Gl 2:20)
- Que tem como base essencial a obra e a pessoa de Deus que nos amou. (Nisto esta o amor…) – (Jo 3:16)
- Que tem como resultado prático a providência por meio do sangue de Cristo. (…nos amou e enviou seu filho como propiciação.) – (I Pe 3:18)
III- A INTIMIDADE COM DEUS – (V 11-12)
- Que necessariamente nos impulsiona a amarmos os outros. (…se Deus nos amou, devemos também amar uns aos outros.) – (Jo 15:12)
- Que nos conduz a termos uma visão de sua presença em nós. (Ninguém jamais viu a Deus porém se amarmos…) – (V16, 19-20)
- Que nos conduz também a níveis muito maiores nesta relação de amor. (…permanece em nós e seu amor é aperfeiçoado.) – (I Jo 2:5)
- Logo a verdadeira intimidade com Deus só pode ser alcançada antes com uma boa dose de amor.
CONCLUSÃO:
- Seria oportuno afirmarmos que estamos vivendo uma crise profunda de falta de amor dentro da igreja cristã?
- Seu conhecimento de Deus é fato por causa do amor pelos irmãos ou apenas uma busca desprovida de persistência?
- Sua identidade com Cristo é real pelo fato do exercício do amor ao outro ser realidade?
- Há intimidade com Deus em sua vida gerando assim verdadeiro amor para com as outras pessoas?